quinta-feira, 2 de outubro de 2008

PR - Partido da República


Fundado em 24 de outubro de 2006, homologado no Tribunal Superior Eleitoral no dia 21 de dezembro de 2006. A nova sigla uniu dois partidos: o Partido Liberal (PL) e o Partido da Reedificação da Ordem Nacional (Prona), que se fundiriam para, juntos, atingirem a cláusula de barreira (posteriormente extinta pelo STF, no final de 2006) e poderem gozar de todos os direitos que estariam reservados aos partidos que atingirem porcentagem de votos superior a 5% dos votos, até então exigida.

O Partido tem forte formação político-ideológica do extinto Partido Liberal adotando assim o liberalismo-social como base programática e situando na centro-direita do espectro político brasileiro.

Fonte: Wiki

quarta-feira, 1 de outubro de 2008

PRTB - PARTIDO RENOVADOR TRABALHISTA BRASILEIRO


O Partido Renovador Trabalhista Brasileiro (PRTB) obteve registro definitivo em 18 de fevereiro de 1997.

Provém de membros do extinto PTR, partido que funcionou entre 1985 e 1993, que havia se fundido com o PST (Partido Social Trabalhista), originando o PP.

Esse grupo, liderado por Levy Fidelix, já havia tentado organizar o PTRB, que somente disputou as eleições de 1994. o PTR reivindica o legado e ideário político de Fernando Ferrari, fundador do MTR e dissidente do PTB e dotrabalhismo de Getúlio Vargas. De acordo com o programa divulgado no site do partido, a principal bandeira ideológica é o "trabalhismo participativo", no qual o capital possa interagir com o trabalho e estabelecer interesses mútuos, em vez de explorar o trabalho. Seu presidente é o folclórico Levy Fidelix, cuja idéia principal é o projeto de "aerotrem", causador de polêmicas em relação à sua viabilidade e custo de implantação.

O partido abrigou, em 2000, o ex-presidente Fernando Collor de Mello em sua legenda, onde tentou se candidatar a prefeito de São Paulo nas eleições daquele ano, tendo sua candidatura impugnada às vésperas do dia da eleição, e em 2002, para governador de Alagoas, já em situação regular.

Em 2004 apoiou a ex-prefeita Marta Suplicy na tentativa de reeleição na cidade de São Paulo. Alagoas é o único estado em que o PRTB teve importância eleitoral, única e exclusivamente pela presença de Fernando Collor de Mello na legenda. Depois de ter recuperado seus direitos políticos, o ex-presidente tentou uma candidatura ao governo em 2002, numa coligação que garantia-lhe bastante tempo no horário eleitoral, uma vez que era composta pelo PFL, PTB, PPS e pelo PPB - o que, no entanto, não conseguiu fazê-lo vencer o governador reeleito Ronaldo Lessa.

Em 2006, Collor concorreu ao Senado, novamente pelo PRTB, sem o apoio oficial de nenhum grande partido, tendo entrado na disputa depois do início da propaganda eleitoral, substituindo o candidato anterior, um desconhecido motorista das Organizações Arnon de Mello. Collor venceu a eleição e tomou posse em 1 de fevereiro de 2007, mesmo dia em que deixou o PRTB e ingressou no PTB.

Fonte: Wiki

PRP - Partido Republicano Progressista


O Partido Republicano Progressista (PRP) disputa todas as eleições brasileiras desde 1990 e obteve registro definitivo em 22 de Novembro de 1991.

Foi dirigido por Ademar de Barros Filho, fazendo referência aos velhos PRP e PSP ademaristas. Quando da criação do PPR, em 1994, juntando o PDS malufista ao PDC, o então deputado federal Ademar de Barros Filho tentou fundir o PRP, mas foi rechaçada a proposta pela Convenção Nacional. Ademar retirou-se da legenda, e foi substituído pelo seu vice, Dirceu Resende, natural de São José do Rio Preto, político de renome na região de Jales, onde teve vários cargos políticos. Dirigiu nacionalmente o PRP até seu falecimento, em 2005.

A partir daí, a legenda vem sendo dirigida por seu filho, Ovasco Resende. Outro Partido Republicano Progressista (que, aliás, inspirou o novo), dirigido por Ademar de Barros, foi o criado em 1945, e disputou as eleições para a Assembléia Nacional Constituinte eleita no mesmo ano. Em 1946, fundiu-se ao PPS de Miguel Reale e ao PAN de Álvaro Rolim Telles para formar o Partido Social Progressista, que durou até a extinção dos partidos pelo AI-2, em 1965.


Fonte: Wikipédia


PRB - Partido Republicano Brasileiro

Partido Republicano Brasileiro (PRB) obteve o registro definitivo em 25 de agosto de 2005, presidido por Vitor Paulo dos Santos. Até o início de 2006, o partido chamava-se Partido Municipalista Renovador (PMR).

O PRB


A proclamação da República foi a solução encontrada para pôr fim à crise política gerada pela fragilidade das instituições da época, que vinha sendo enfrentada durante o II Império. Nessa oportunidade, surgiram diversos partidos políticos republicanos, quase todos de âmbito estadual. As principais legendas eram os Partidos Republicanos Paulista (PRP) e Mineiro (PRM), que se alternaram no poder ao longo de toda a República Velha.

O Partido Republicano Brasileiro – PRB – foi criado para defender um conceito integral de cidadania, que envolve direitos políticos, civis e sociais. É defensor intransigente dos direitos humanos, da criança, do adolescente, do idoso, da mulher e das gerações futuras. Está plenamente comprometido com a preservação do meio ambiente e acredita que um país se constrói com escolas, estradas, hospitais e moradias. Prega a liberdade de expressão, a valorização da família e luta para transformar a Administração Pública em um instrumento voltado para atender exclusivamente aos interesses do povo brasileiro.
A palavra REPÚBLICA significa coisa (res) pública (algo que faz parte do patrimônio comum). Este é o valor central do Republicanismo: colocar o interesse comum acima dos interesses privados, visando beneficiar a comunidade e criar uma consciência coletiva de responsabilização social. Dessa forma, o principal desafio do poder político deve ser universalizar as condições de cidadania a toda sociedade, respeitando as liberdades individuais e apostando da formação humanista para a construção da civilização brasileira.
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Apesar de ser um partido político novo, já desperta polêmicas. Alguns analistas políticos afirmam que uma das intenções do PRB seria reunir todos os atuais deputados evangélicos, sobretudo da Igreja Universal do Reino de Deus, em uma mesma legenda. Outras acusações se referem ao método de coleta de assinaturas, a qual foi denunciada em comunidades não-cristãs como provinda de cultos nos templos da Universal. Outra polêmica é em relação ao estatuto do partido. Algumas pessoas afirmam que a redação dele é bastante parecida com a do PL, o que poderia ser comprovado ao observar o 43º art. do estatuto do PRB, onde por um lapso aparece a sigla do PL:
Art. 43 - As bancadas do PL nas Câmaras Municipais de Vereadores, nas Assembléias Legislativas e Senado Federal constituirão suas lideranças de acordo com as normas regimentais das respectivas Casas Legislativas e com as normas baixadas pela respectiva Comissão Executiva, podendo, inclusive, adotar as regras estabelecidas para a eleição do Líder do Partido na Câmara dos Deputados, abaixo discriminadas.

O membro mais destacado do PRB é José Alencar, atual vice-presidente. Seu Líder no Senado é o Senador fluminense Marcelo Crivella, que obteve quase 20% dos votos para Governador do RJ, e no mesmo pleito de 2006, elegeu apenas um deputado federal, Leo Vivas, também pelo Estado do Rio de Janeiro.

Durante o ano de 2007 o Partido Republicano Brasileiro veiculou uma série de programas e propagandas (em rádio e tv) enaltecendo as qualidades da república e destacando possíveis falhas/defeitos da época da monarquia, quando o Brasil ainda não era república. Grupos monarquistas têm indagado qual seria a intenção dessas propagandas, uma vez que o assunto "república x monarquia" não está mais em discussão no Brasil desde o Plebiscito de 1993, no qual a república venceu com 66% das intenções contra 10,2% das intenções de voto em prol da monarquia.

Fonte: Wikipédia



terça-feira, 30 de setembro de 2008

PV - Partido Verde

O Partido Verde surgiu como instituição política na Tasmânia (Austrália). Um grupo de ecologistas denominado United Tasmanian Group se reuniu pela primeira vez em 1972. O objetivo era impedir o transbordamento do Lake Pedder. Mais Tarde o grupo adotou o nome de Green Party. Hoje, o Partido Verde é parte decisiva na política australiana tendo elegido deputados e senadores.


Da Austrália para a Nova Zelândia, depois para Europa e hoje em todo o mundo. O Partido Verde está constituído em mais de 120 países.

Na Europa os Verdes surgiram nos anos 70 e se consolidaram como partidos políticos nos anos 80. Hoje o Partido Verde participa de vários governos e é a quarta maior bancada no Parlamento Europeu.

No Brasil a primeira manifestação político partidária com o nome de Partido Verde ocorreu no Estado do Paraná em 1982. O candidato a Deputado Federal pelo PTB Hamilton Vilela de Magalhães utilizou em sua propaganda, inclusive na televisão, o nome do Partido Verde e uma baleia como símbolo.

Essa, no entanto, foi uma manifestação isolada. O Partido Verde veio a ser criado em 1986 no Rio de Janeiro. Um grupo composto por escritores, jornalistas, ecologistas, artistas e também por ex-exilados políticos começou a dar forma ao PV.

Embora legalizado o Partido Verde não participou das eleições de novembro de 1986. Apesar disso, no Rio de Janeiro, em uma aliança informal com o PT, o então líder verde, Fernando Gabeira, disputou as eleições para governador do Estado. Foi uma campanha maciça e entusiástica, porque, pela primeira vez no Brasil, nas tevês e nas ruas, foram vistas manifestações por uma política predominantemente ecológica, entre outras atitudes não conservadoras.

A reação foi dura e a candidatura Verde recebeu oposição forte através da mídia conservadora. A campanha teve seus momentos espetaculares, como por exemplo, o contingente de 100 mil pessoas no memorável abraço ecológico à Lagoa Rodrigo de Freitas. Naquela eleição, Fernando Gabeira obteve 7,8% dos votos e ficou em terceiro

lugar. Os verdes elegeram também seu primeiro deputado estadual, Carlos Minc.

Hoje os verdes estão organizados em 4 Federações: A Federação Européia dos Partidos Verdes, a Federação dos Partidos Verdes das Américas, a Federação dos Partidos Verdes da África e a Federação dos Partidos Verdes da Ásia e Oceania.

Em 2001, em Canberra, Austrália, aconteceu o Global Greens 2001, encontro mundial dos Partidos Verdes quando foi aprovada a Carta Verde da Terra, o primeiro documento unificado dos Partidos Verdes Mundiais.

Hoje, o Partido Verde no Brasil está organizado em todos os Estados da Federação.

Fonte: PV

PP - Partido Progressista

As origens do Partido Progressista estão ligadas ao processo de redemocratização do Brasil e à eleição de Tancredo Neves e José Sarney, presidente e vice-presidente da República, pelo Colégio Eleitoral em janeiro de 1985.

No momento em que se decidia a sucessão do presidente João Figueiredo (1979-1985), o Partido Democrático Social (PDS), então partido de apoio ao governo, conseguiu impedir, na Câmara dos Deputados, o restabelecimento das eleições diretas, mas não evitou a disputa interna pela candidatura presidencial.

A fragmentação do quadro partidário brasileiro, contudo, vai aumentando ao sabor das crises políticas pós-Constituinte de 1988. Com a gradual normalização da vida política, após o impeachment de ex-presidente Collor de Mello, começa a nascer o atual Partido Progressista.

Em 1993, o PDS funde-se com o Partido Democrata Cristão (criado em 1988) e nasce o Partido Progressista Reformador (PPR). O reagrupamento de forças estaduais de perfil moderado e conservador, porém, teria prosseguimento. Em 1995, o Partido Progressista Reformador promovia nova fusão, agora com o Partido Progressista (PP), legenda criada no ano anterior, também por agregação de outras forças partidárias. Nascia, então, o Partido Progressista Brasileiro (PPB), desde logo comprometido com o apoio ao Plano Real, ao governo Fernando Henrique Cardoso e à estabilização econômica do Brasil.

Findo o governo Cardoso e completado mais esse ciclo na vida política do país, a Convenção Nacional do PPB, buscando inspiração nas transformações políticas internacionais, decide, em 4 de abril de 2003, retirar da sigla PPB o "B", ficando apenas "PP" - PARTIDO PROGRESSISTA.

Fonte: PP

segunda-feira, 29 de setembro de 2008

PMN - Partido da Mobilização Nacional

O Partido da Mobilização Nacional (PMN) obteve seu registro permanente em 25 de outubro de 1990.

O PMN foi fundado após a abertura democrática no Brasil. Em 1984 foi lançado o Movimento da Mobilização Nacional, antecessor do partido que pregava a reforma agrária, a moratória conjunta dos países da América Latina e o rompimento com o FMI.

O PMN foi inicialmente presidido por Celso Brant, ex-Ministro da Educação de Juscelino Kubitschek. Em 1985 lançou o arquiteto Sérgio Bernardes à prefeitura do Rio de Janeiro para consolidar o nome do partido.

O PMN participou das eleições presidenciais no Brasil em duas oportunidades. Já em 2002, integrou a Coligação Brasil Popular, que elegeu Luiz Inácio Lula da Silva presidente após três tentativas frustradas. Eventualmente, o partido tem tido representação parlamentar no Congresso Nacional. Nas eleições parlamentares brasileiras de 2006 o PMN não conseguiu superar a então recém-instituída cláusula de barreira estabelecida pela legislação eleitoral. Em decorrência disto, o partido fundiu-se com o Partido Popular Socialista (PPS) e o Partido Humanista da Solidariedade (PHS) para formar um novo bloco partidário, cujo nome adotado foi o de Mobilização Democrática (MD), mas depois que o Supremo Tribunal Federal julgou inconstitucional a cláusula, o bloco foi desfeito e os partidos se separaram. Atualmente, o partido é presidido pelo ex-deputado Oscar Noronha Filho. Está na base de apoio ao governo Lula no Congresso.

Fonte: Wikipédia

DEM – Democratas (Antigo PFL)

O Partido da Frente Liberal foi fundado em 24 de janeiro de 1985, logo após a eleição indireta do então governador mineiro, Tancredo Neves, do PMDB, à Presidência da República. Tancredo morreu antes mesmo de tomar posse, e o vice, José Sarney, governou o Brasil por 5 anos com o apoio do PFL. O registro do PFL no TSE foi feito em 11 de setembro de 1986.

O PFL nasceu após a derrota da emenda constitucional que previa a volta das eleições diretas. Na época, Paulo Maluf havia sido escolhido candidato pelo Partido Democrático Social (PDS), o partido que dava sustentação ao regime militar. Descontentes com a indicação e simpatizantes do movimento das diretas já, integrantes do PDS criaram a Frente Liberal. Eles eram dissidentes do regime.

Reunidos no Palácio do Jaburu, residência oficial do vice-presidente Aureliano Chaves, líderes do PMDB e da Frente Liberal formaram a Aliança Democrática. A partir do acordo, foi formalizada a chapa de Tancredo para presidente e Sarney para vice. Indicado pela Frente Liberal e ex-presidente do PDS, José Sarney, filiou-se ao PMDB.

Foi com a força do voto que o PFL passou a exercer notável influência na República, principalmente nos dois mandatos de Fernando Henrique Cardoso. Em 2002, com a eleição de Lula, o PFL assumiu o exercício da Oposição.

Iniciada em 2005, a fase final da refundação do PFL acontece agora, com a troca de nome para Democratas e a renovação do comando que passará a ser exercido pelo deputado Rodrigo Maia (RJ).

Em 2007, o PFL vai dar lugar ao Democratas, o Partido de um novo Brasil. E o que se pode dizer é que em 22 anos de atuação partidária, o PFL teve comportamento inatacável em defesa da democracia e das liberdades públicas, da ordem constitucional, da luta contra a desigualdade social, dos direitos humanos, da melhor distribuição de Justiça e da redução dos impostos para permitir a volta do desenvolvimento.

O PFL sempre se destacou na defesa da democracia. Com sua transformação em Democratas, o que está se retomando é o mesmo espírito criativo e firme da ação política de 1984. Agora, uma nova geração de políticos assumirá a responsabilidade de oferecer propostas concretas de desenvolvimento ao país.

– Assim como a Nova República retirou o País do regime militar, nós, democratas, vamos impedir que o Brasil seja levado pelo populismo – afirma Jorge Bornhausen ao transferir o comando partidário.

O PFL sempre agiu de forma coerente na defesa da democracia. Nasceu com a Nova República e nunca desonrou seus objetivos: a consolidação de um regime de liberdade, justiça e desenvolvimento. O PFL jamais traiu esse trinômio.

Agora, transforma-se em Democratas na fase final do seu processo de refundação para melhor desenvolver, atualizar e modernizar seu compromisso democrático. Os democratas vão levar adiante o legado oposicionista do PFL.


Fonte: Site do Partido

quarta-feira, 24 de setembro de 2008

PMDB - Partido do Movimento Democrático Brasileiro

Oficialmente o PMDB, que nasceu MDB, teve sua fundação em 24 de março de 1966 com o registro na Justiça Eleitoral. Era um dos resultados da extinção dos partidos imposta pelo AI-2 e a instalação do bipartidarismo logo em seguida. Uma tentativa de imitar a bipolaridade norte-americana, democratas versus republicanos. A diferença, que se evidenciou antes mesmo do registro do MDB, é que o papel destinado pelos militares à oposição se resumia a isto: o de opositor, mas inofensivo ao poder. E muito menos que ambicionasse ao poder.
Rever a história é abrir baús que, vistos fora do ambiente político e social da época, podem conter momentos estranhos. Para um partido com o tamanho e a história do PMDB não é diferente. Na eleição indireta do general Garrastazu Médici, sempre lembrado como o mais duro do regime militar, o partido se dividiu em quatro. Alguns apostavam nos bons propósitos expressos por Médici antes da eleição. No MDB tínhamos os “duros”, que simplesmente não queriam comparecer ao Colégio Eleitoral em protesto aberto; os “moles”, que não queriam apenas comparecer, mas votar em Médici, como um “voto de confiança”; e dois grupos apelidados de “pastosos”. Os integrantes do primeiro grupo queriam comparecer e votar em candidato próprio. Seria um protesto, mas legitimaria o Colégio Eleitoral. O segundo grupo pregava o comparecimento sem votar em ninguém. Foi o majoritário.

OPOSIÇÃO NECESSÁRIA
O primeiro presidente do MDB foi um general, o senador pelo Acre, Oscar Passos. Como a Arena era o braço auxiliar de um regime que prometia longos anos no poder, alterando as regras do jogo a nível nacional e local, não foi fácil para o MDB conseguir a adesão, mesmo que momentânea, de 120 deputados e 20 senadores necessários para registrar a legenda. Era comentário de bastidores na época que o próprio presidente Castelo Branco havia convencido alguns senadores a se integrarem ao MDB para possibilitar o seu registro. O novo sistema precisava de um partido de oposição para não caracterizar a ditadura de partido único.


DO MDB PARA O PMDB
Em vez de conciliação e diante do quadro eleitoral com a oposição avançando ano a ano, o sucessor do general Geisel, também se valeu da alternativa de baixar nova reforma política. E com o artifício adicional de exigir o termo partido à frente das siglas, com o claro objetivo de matar a força da legenda MDB.

A abertura lenta e gradual, o caldeirão político alimentado pela crise econômica e a pressão política promoveram o retorno dos exilados. Recrudesceram também as pressões sociais com um sindicalismo cada vez mais atuante, pulsando principalmente no ABC paulista.

A estratégia de manter o poder, ou de promover a abertura lenta e gradual, levaria o Governo central a argumentar que a democracia que se avizinhava não suportaria as duas amarras políticas do bipartidarismo, a Arena de um lado, que também possuía os seus rebeldes de ocasião, e o MDB, com os autênticos, de vários matizes, e os moderados, normalmente circulando em torno de Tancredo Neves.

Promoveu-se a reforma política através do Congresso extinguindo o bipartidarismo. Os núcleos do MDB, transformado em PMDB, e Arena, com o nome de PDS, foram mantidos. Mas a mudança que mais agitou os meios políticos foi a criação de um novo partido o PP, com Tancredo Neves à frente - o que esvaziava o PMDB e apresentava uma saída possível para o regime.

Em torno desses três, orbitariam dois outros partidos criados para abrigar os trabalhistas, que mal se continham dentro do MDB com o retorno de Leonel Brizola - do histórico PTB, depois repartido em PDT - e os sindicalistas do Sul e Sudeste liderados pelos líderes sindicais do ABC paulista, o PT. Como se esperava, outros partidos que possuíam alguma história antes do regime militar como PSD, UDN e PDC, preferiram ficar sob o guarda chuva do PMDB ou PDS.

As novas normas eleitorais traziam o voto vinculado e a proibição de coligações para evitar que o partido de sustentação do governo perdesse a maioria. Com isto o PP se inviabilizou. Parte retornou ao ninho peemedebista.

A SURPRESA DO REAL
Mas o quadro sucessório sofre um solavanco com a chegada do Real. Outro ex-peemedebista e um dos fundadores do tucanato, ministro da Fazenda do governo Itamar Franco, o sociólogo Fernando Henrique Cardoso, consegue atrair para si os benefícios eleitorais da nova moeda, que havia atingido de morte a hiperinflação, que batia recordes históricos. Ele ganha no primeiro turno com mais de 50% dos votos válidos.

Com 103 deputados, 23 senadores e 9 governadores, o PMDB continua um partido de peso suficiente para ajudar muito ou atrapalhar muito. Assim, embora a aliança que elegeu Fernando Henrique fosse constituída basicamente pelo PSDB, PFL e PTB, o PMDB ocupa um espaço importante, mesmo que mantenha um certo distanciamento e inicialmente oscile entre apoio e oposição. A melhor prova da divisão seria dada logo no ano seguinte com a eleição de Paes de Andrade para a Presidência do partido por 76 a 75 votos. Seu adversário era Alberto Goldman, um deputado próximo a Fernando Henrique Cardoso.


P.S.: O PMDB é um dos partidos políticos que mais possui facções, por causa disso existe tanta diferença de ideologia dentro do próprio partido. Desde seu início até os dias de hoje, sempre houveram discussões internas, por ser um partido flexível em suas coligações.




FONTE: PMDB

quinta-feira, 18 de setembro de 2008

PSDB - Partido Social da Democracia Brasileira

Em 24 de junho de 1988 um grupo de dissidentes do PMDB capitaneados por políticos de São Paulo e Minas Gerais levaram a termo sua insatisfação com o governo Sarney que haveria "de se constituir no primeiro da Nova República para se fazer o último da Velha República". Tal disparidade se acentuou durante a Assembléia Nacional Constituinte onde os membros do partido votaram pelos quatro anos de mandato para o Presidente da República apesar de a tese dos cinco anos ter prevalecido capitaneada pela maioria da bancada do PMDB e de políticos conservadores agrupados no "Centrão", liderados pelo deputado Roberto Cardoso Alves, grupo suprapartidário formado em fins de 1987. O PSDB foi formado pela confluência de diferentes pensamentos políticos contemporâneos: dos trabalhistas, adotou a primazia do trabalho sobre o capital; a ética, a solidariedade e a participação comunitária foram assimiladas dos pensadores católicos personalistas, e das ações políticas dos líderes europeus do pós-guerra. Trouxe do socialismo sua vertente democrática e do comunismo a luta dos trabalhadores por direitos iguais, inclusive no voto, e inclui ainda o combate ao totalitarismo de esquerda e direita, preponderantes no século XX.
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O PSDB é um partido político brasileiro cujos militantes e simpatizantes geralmente se classificam como de centro-esquerda. Alguns críticos e intelectuais de esquerda, no entanto, por considerarem que o partido, em relação a determinados pontos adota pontos de vista, classificados como liberais, citam-no como sendo de centro-direita, ou até mesmo de direita. Esta classificação, entretanto, é constantemente discutida dentro do partido. Documentos de autoria de seus integrantes debatem a respeito da validade atual desta classificação, questionando as diversas interpretações semânticas dos termos. Atualmente a Terceira via de Anthony Giddens é também uma das ideologias assumidas pelo partido. Foi criado originalmente com o objetivo de representar a social democracia no Brasil. Entre as principais propostas originais do partido, encontram-se a instituição do parlamentarismo no plano político e uma economia de mercado regulada pelo Estado, com participação mais livre das empresas privadas e de investidores internacionais.

Fonte: Site do Partido
Wikipédia

terça-feira, 16 de setembro de 2008

PSDC - Partido Social Democrata Cristão

O PSDC foi fundado em 1995, mas o registro definitivo veio em 1997. O partido é originário do antigo PDC, do qual fizeram parte Jânio Quadros e Franco Montoro, extinto pelo Ato Institucional nº 2. A sigla retornou em 1985, com a abertura política.

Em 1993, incorporou-se ao PDS, e formou o PPR. Um dos líderes da sigla é o porto-alegrense José Maria Eymael, que foi contra a fusão que originou o PPR. Em 1995, a cisão no partido fez com que Eymael liderasse a criação do PSDC.

Em 1998, a sigla participou do processo eleitoral em todos os níveis e Eymael concorreu a presidente. No ano de 2002, o partido apoiou a candidatura de Lula para a presidência. Depois disso, porém, a legenda acabou deixando a base de apoio do governo.

Crescimento
Nas eleições municipais de 2000, elegeu 8 prefeitos e 243 vereadores, crescendo cerca de quatro vezes em relação a 1996. Em 2002, o partido alcançou uma vaga no Congresso com Reinaldo Pereira Pinto, pelo Rio de Janeiro. Nas últimas eleições municipais, obteve 14 prefeituras e 382 vagas de vereador em todo o país. O partido ainda conta com cinco deputados estaduais.

Fonte: Click Rbs


segunda-feira, 15 de setembro de 2008

PSC - Partido Social Cristão

Depois do esforço heróico de Pedro Aleixo, materializado na criação do PDR - Partido Democrático Republicano, em setembro de 1970, para quebrar a espinha dorsal do bipartidarismo vigente, representado pelo MDB - Movimento Democrático Brasileiro, e pela ARENA - Aliança Renovadora Nacional, Vítor Nósseis e muitos outros denodados(as) companheiros(as), no afã de contribuir para a consolidação da democracia no Brasil, e também com a intenção de aproveitar o trabalho anteriormente desenvolvido, criaram o PSC - Partido Social Cristão, em maio de 1985.

Adotou-se o nome Social Cristão, acreditando ser o cristianismo, mais do que uma religião, um estado de espírito que não segrega, não exclui, nem discrimina, mas que aceita a todos, independentemente de credo, cor, raça, ideologia, sexo, condição social, política, econômica ou financeira, para juntos, encontrarem um caminho que defina de forma racional, lógica, humana e equilibrada os processos de tomada de decisão de poder. Para isso, o PSC, vem ao longo desses anos, consolidando-se, enfrentando todos os obstáculos, que não foram poucos, como uma força política autentica, doutrinária, programática e ideológica, que se dispõe, com a ajuda dos(as) correligionários(as) e eleitores(as), a encontrar novos rumos para a nacionalidade.
Gênese do PSC
A vida do saudoso Pedro Aleixo, Patrono do PSC, foi dedicada à defesa intransigente e militante do regime democrático e à promoção dos menos favorecidos. Em outubro de 1943 foi um dos articuladores e signatários do Manifesto dos Mineiros, corajoso protesto contra o Estado Novo e apelo eloqüente em prol do Estado de Direito.

Em 31 de março de 1971 foram publicados o Manifesto, Estatuto e Programa do Partido Democrático Republicano - PDR. Menos de quatro meses depois, o Governo promulga a Lei n.º 5.682 de 21 de julho, denominada Lei Orgânica dos Partidos Políticos, eivada de exigências draconianas destinadas a impossibilitar o surgimento do terceiro partido. Embora Pedro Aleixo e seus seguidores tivessem recolhido mais de um milhão e meio de assinaturas não satisfizeram os requisitos da lei sobre o percentual geral assim como sobre os percentuais em um número mínimo de estados. Pedro Aleixo veio a falecer em 3 de março de 1975 com as bandeiras da extinção do AI-5, a criação de condições para o pluripartidarismo e à vigência de um estado de direito. Todas estas causas foram vitoriosas com a extinção do AI-5 em 1º de janeiro de 1979; o fim do bipartidarismo no mesmo ano, e a nova Magna Carta de 1988.
Com a volta do país, em 1985, à normalidade democrática e com a extinção dos partidos vigentes, ARENA e MDB , independentemente de o PDR ter conseguido registro provisório em alguns Estados da Federação, entre eles, Minas Gerais, entenderam os organizadores que seria de melhor alvitre, até mesmo por coerência doutrinária e ideológica, mudar o nome do partido para PSC - PARTIDO SOCIAL CRISTÃO.

A partir do registro provisório em maio de 1985, o PSC participou de todas eleições, municipais e gerais, tendo apoiado em 1989 a candidatura Collor, de triste memória, utilizando-se o candidato, naquele momento, o número 20 do PSC, para eleger-se à Presidência da República.
Em 1990, obtém o registro definitivo do Tribunal Superior Eleitoral - TSE , e passa a atuar com uma suposta igualdade com as outras agremiações político partidárias, se não se levar em conta, as inúmeras tentativas do poder instituído e das legendas grandes de inviabilizar, a qualquer custo, os partidos emergentes.

Fonte: PSC



sexta-feira, 12 de setembro de 2008

PSL - Partido Social Liberal

O Partido Social Liberal (PSL) é um partido político brasileiro. Tem como presidente nacional Luciano Caldas Bivar, e seu número eleitoral é 17. Obteve registro definitivo em 2 de junho de 1998 e desde então vem disputando as eleições. Sua ideologia é o social-liberalismo, defendendo uma menor participação do Estado na economia, mas com o direcionamento total dos recursos arrecadados pelo Estado para a saúde, a educação e a segurança. Uma de suas bandeiras é a criação do Imposto Único Federal, eliminando os demais tributos da União. Nas eleições de 2006 foi lançado pelo partido o candidato Luciano Bivar, ex-deputado federal e ex-presidente nacional da legenda. Obteve votação pouco expressiva.


Fonte:Wikipédia


quinta-feira, 11 de setembro de 2008

PHS - Partido Humanista da Solidariedade

O Partido Humanista da Solidariedade - PHS tem suas raízes ainda na década de 60, quando algumas das suas mais expressivas lideranças tiveram contato com o Pe. Fernando Bastos de Ávila que, na ocasião, publicou os livros "Neo-Capitalismo, Socialismo, Solidarismo" e "Solidarismo". Já naquela época, muitos companheiros sonharam em criar um partido solidarista para dar curso às idéias apresentadas naqueles livros, criando uma opção partidária para aqueles que não se conformavam com a inércia dos partidos então existentes frente às iniqüidades que perduram até hoje. Convencidos da necessidade de estruturar uma agremiação verdadeiramente empenhada em conduzir a bandeira da Doutrina Social Cristã e do Solidarismo, foi feita uma primeira tentativa de organização de um partido solidarista. Durante os anos de 1990 a 1992, os solidaristas empenharam-se em montar o antigo Partido do Solidarismo Libertadores - PSL. E, mesmo tendo realizado sua Convenção Nacional por convocação de nove Diretórios Regionais, conforme exigência da antiga Lei Orgânica dos Partidos Políticos, sua pretensão foi negada pelo TSE após dez longos meses de batalhas jurídicas, sob a alegação de descumprimento do prazo legal (o que contestamos até hoje...). Durante o período que vai do final de 1992 até o final de 1993, os solidaristas permaneceram “na moita”. Em dezembro de 1993, Philippe Guedon iniciou a reorganização do antigo grupo e publicou o primeiro número do Boletim do Partido Solidarista. Naquela época, o grande grupo estava disperso e só contava com seis integrantes. A convocação aos solidaristas dispersos funcionou como um toque de reunir e, já em janeiro de 1994, o grupo tinha sido ampliado para 36 companheiros, a maioria de Pernambuco. O ano de 1994 foi dedicado ao reagrupamento dos solidaristas. Em 19 de setembro de 1995, um dia antes da publicação da Lei 9096/95 (nova lei dos partidos políticos), o TSE concedeu o registro provisório ao PSN - Partido Solidarista Nacional. O PSN, assim, nasceu oficialmente em meio a um certo desencontro das leis que regem a criação e funcionamento dos partidos. No dia 16 de setembro de 1996, sem perder tempo, os solidaristas brasileiros deram entrada da documentação completa da Convenção do PSN no TSE. Com toda a trabalheira para organizar o PSN em todo o país, alguns companheiros ainda encontraram tempo para disputar as eleições municipais de 03 de outubro de 1996. Naquele pleito, o jovem PSN conseguiu alcançar a 19ª maior votação entre os partidos que atuam no país. Na Convenção Nacional, realizada no dia 24 de agosto de 1997, em Brasília, os delegados solidaristas decidiram alterar o nome do PSN. E, assim, de Partido Solidarista Nacional, o PSN passou a se chamar Partido da Solidariedade Nacional. Na Convenção Nacional de 29 de agosto de 1999, os solidaristas do PSN receberam os humanistas do PHDB – Partido Humanista Democrático do Brasil, que não tinha ainda registro definitivo, e o PSN passou a denominar-se PHD Brasil Solidariedade, nome que durou até a Convenção realizada em 9 de janeiro de 2000, quando o partido formalizou a denominação de PARTIDO HUMANISTA DA SOLIDARIEDADE - PHS 31. Em 31 de maio de 2000, finalmente, o TSE aprovou e publicou a alteração do nome do PHS – PARTIDO HUMANISTA DA SOLIDARIEDADE.


Fonte: PHS


quarta-feira, 10 de setembro de 2008

PTN - Partido Trabalhista Nacional

O Partido Trabalhista Nacional (PTN) é um partido político brasileiro, fundado por Romeu Campos Vidal em 1945, e por dissidentes do PTB, como Hugo Borghi. Teve alguma expressão no Estado de São Paulo, Rio de Janeiro e Guanabara. Em 1960 lançou o candidato vitorioso à presidência, Jânio Quadros. Foi extinto pelo Regime Militar, por intermédio do Ato Institucional Número Dois - o AI-2, de 27 de outubro de 1965. O PTN foi refundado em maio de 1995, ganhando o registro provisório no mesmo ano; no ano seguinte já obteve o registro definitivo da legenda, tendo sido dirigido pelo ex-deputado petebista Dorival Maschi de Abreu;após o falecimento de Dorival, seu irmão, o também ex-deputado federal paulista José de Abreu dirige a legenda. Nas eleições presidenciais de 1998 lançou como candidata a presidência a Secretária Geral da legenda, a paulista Thereza Ruiz, que obteve votação superior a 100 mil votos.


Fonte: Wikipédia




terça-feira, 9 de setembro de 2008

PTC - Partido Trabalhista Cristão

O Partido obteve registro definitivo em 22 de fevereiro de 1990

Foi criado após a redemocratização do Brasil, com o fim do Regime Militar, em 1985, sob o nome de Partido da Juventude (PJ), havendo participado com esta denominação das eleições de 1985, 86 e 88 e posteriormente, no início de 1989 foi renomeado como Partido da Reconstrução Nacional (PRN), sempre presidido pelo advogado Daniel Tourinho, ex-PDT.
A bandeira política do partido, desde sua criação, tem sido o liberalismo e, portanto, a economia de mercado e o livre comércio, sendo visto como um partido de direita ou centro-direita no espectro político. Apesar de pequeno, lançou e elegeu Fernando Collor de Mello como candidato à presidência da República nas eleições diretas de 1989, acompanhado de outro filiado, no caso o senador de Minas Gerais Itmar Franco, que foi eleito vice-presidente e assumiu a presidência, implantando o Plano Real.

Depois de ter eleito menos de 20 prefeitos e um igualmente baixo número de vereadores nas eleições de 1996, repetindo o resultado em 1998, o partido muda novamente de nome para Partido Trabalhista Cristão (PTC) em 2000, colhendo melhores resultados desde então.


Fonte: Blog da Presidenta do partido no Pará


sexta-feira, 5 de setembro de 2008

PDT - Partido Democrático Trabalhista



O PDT foi fundado por Leonel Brizola, no exílio, em Lisboa, em 1979, mas sua herança histórica vem da Revolução de 30, com Getúlio Vargas, e depois João Goulart. O PDT - Partido Democrático Trabalhista - surgiu em 17 de junho de 1979, em Lisboa, fruto do Encontro dos Trabalhistas no Brasil com os Trabalhistas no Exílio, liderados por Leonel Brizola. Seu objetivo era reavivar o PTB, Partido Trabalhista Brasileiro, criado por Getúlio Vargas e presidido por João Goulart, e proscrito pelo Golpe de 1964. Desse encontro, ao qual esteve presente o líder português Mário Soares, representando a Internacional Socialista, saiu a Carta de Lisboa, que definiu as bases do novo partido. "O novo Trabalhismo" - dizia o documento - "contempla a propriedade privada condicionando seu uso às exigências do bem-estar social. Defende a intervenção do Estado na economia, mas como poder normativo, uma proposta sindical baseada na liberdade e na autonomia sindicais e uma sociedade socialista e democrática.

Uma manobra jurídica, patrocinada pela ditadura, no entanto, conferiu a sigla a um grupo de aventureiros e adesistas, que se aliou às elites dominantes, voltando-se contra os interesses dos trabalhadores. Leonel Brizola, depois de 15 anos de desterro, Doutel de Andrade, Darcy Ribeiro e outros trabalhistas históricos já tinham retornado ao Brasil, quando a Justiça Eleitoral entregou, em 12 de maio de 1980, o PTB àquele grupo, ironicamente encabeçado por Cândida Ivete Vargas Tatsch, uma sobrinha em segundo grau de Getúlio. "Consumou-se o esbulho", denunciou Brizola, chorando e rasgando diante da televisão um papel sobre o qual escrevera aquelas três letras, que durante tanto tempo simbolizara as lutas sociais no Brasil.

"Uma sórdida manobra governamental " - disse ele - "conseguiu usurpar
a nossa sigla para entregá-la a um pequeno grupo de subservientes ao poder... O objetivo dessa trama é impedir a formação de um partido popular e converter o PTB em instrumento de engodo para as classes trabalhadoras". Uma semana depois, nos dias 17 e 18 de maio, os trabalhistas autênticos reuniam-se no Palácio Tiradentes, sede da Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro, para o Encontro Nacional dos Trabalhistas, que, contou com a participação de mais de mil pessoas. Lá foi anunciada a adoção de uma nova sigla para o partido - PDT. No dia 25 de maio, outra reunião, na ABI, Associação Brasileira de Imprensa, na Cinelândia, aprovou o programa, o manifesto e os estatutos do Partido Democrático Trabalhista.

O autoritarismo, ainda vigente, baixou normas draconianas para favorecer o partido do poder - PDS, antiga Arena, hoje PPB - e restringir brutalmente os partidos de oposição. Não obstante, na primeira eleição democrática de 1982, o PDT elege Brizola governador do Rio de Janeiro, dois senadores - um no Rio e outro em Brasília -, 24 deputados federais, credenciando-se como uma das principais forças políticas do país.

O surto neoliberal que se abateria sobre o mundo, a partir dali, entretanto, retardaria a ascensão do Partido ao poder nacional, que agora assiste de camarote ao desmonte desse sistema cruel e desumano, credenciando-se como a única alternativa popular no Brasil do fim do século. Em 1989, o PDT era escolhido como o único membro da Internacional Socialista no Brasil e seu líder, Leonel Brizola, eleito um dos vice-presidentes daquele organismo, com sede em Londres, que reúne os principais movimentos populares do mundo.

Fonte: PDT - Uma proposta para o Brasil




quinta-feira, 4 de setembro de 2008

PTB - Partido Trabalhista Brasileiro

O PTB, que foi fundado em 15 de maio de 1945, por Getúlio Vargas, surgiu como principal resposta aos anseios da população por um sistema político que, não obstante a necessidade de captação de recursos externos, privilegiasse o capital nacional e desse garantias ao trabalhador através de uma legislação regulamentadora de seus direitos. Ao mesmo tempo em que o país se democratizava, partia para a implantação de grandes projetos industriais de base que modificariam sua própria face. O PTB nasce nesse momento, junto com uma nova Constituição, a de 1946, e coloca como fundamento a ênfase especial na valorização da força de trabalho. Foi durante o governo de Vargas que se consolidaram as organizações sindicais, inclusive com a instalação efetiva da Justiça do Trabalho, e foi também ele, Vargas, quem defendeu o direito de greve, o direito de livre associação sindical, criou as férias remuneradas e o descanso semanal, a carteira de trabalho. Criou-se então a Previdência Social, fez-se a CLT e foram conquistados o aviso prévio e indenizações por tempo de serviço.

E foi, ainda, no governo Vargas, que a mulher conquistou o direito ao voto (1932). A Consolidação das Leis do Trabalho é sem dúvida, a principal herança getulista. Desde a morte de Getúlio Vargas, há mais de 40 anos, nenhum projeto governamental de caráter eminentemente popular foi elaborado e levado a efeito.

Foi o PTB que liderou a resistência ao golpe de 31 de março de 1964, quando ocupava o poder um de seus mais ilustres filiados o então Presidente João Goulart e, foi, por conseqüência a agremiação partidária que mais sofreu com o êxito militar de 64. Os quadros petebistas foram praticamente dizimados, mas apesar de proscrito pelo governo da ditadura entre 1965 e 1980, o PTB permaneceu presente na memória popular, como demonstraram várias pesquisas de opinião da época e, com a redemocratização das instituições, a partir do bipartidarismo (Arena e MDB) e o advento da Lei de Anistia, Ivete Vargas, reconquistados seus direitos políticos, aceitou a contenda pela condução do PTB frente ao ex-Governador do Rio Grande do Sul, Leonel Brizola, finalmente logrando êxito na luta judicial, em 1980. Brizola, derrotado por decisão judicial, fundou um partido à sua imagem, o PDT.

O PTB, presente em todo o país, através de seus parlamentares, ajuda a preparar a atual Constituição (promulgada em outubro de 1988) para que o Brasil consolide sua posição de nação industrializada, garantindo uma distribuição de renda mais justa, integrando-se aos principais blocos mercantis do planeta.

O PTB criou também a Fundação Instituto Getúlio Vargas, idealizada por Gastone Righi e que tem por objetivo constituir-se no centro de estudos políticos do Partido.

Recentemente, o PTB incorporou o Partido Social Democrático - PSD (dezembro de 2002), outro partido criado por seguidores de Vargas e que se destacou por conduzir o processo de modernização nacional, através do governo do Presidente J.K.. Juntamente com o PSD, uniram-se ao PTB legendas da política de São Paulo e Nacional.

O PTB, foi e é um Partido reformista e de vanguarda, no sentido de estar à frente de seu próprio tempo.

Hoje o PTB representa as bases sólidas de respeito à classe trabalhadora, e o instrumento para o desenvolvimento econômico e justiça social, sendo um Partido que, lastreado em uma história de pujante crescimento e conquistas, guarda a memória de sua ideologia com a mesma fidelidade com que, a cada dia, busca o engrandecimento, modernização e aperfeiçoamento para atuação política e social de valorização ao trabalhador em todo o País.


Fonte: História PTB

quarta-feira, 3 de setembro de 2008

PSB - Partido Socialista Brasileiro

1947 - A segunda convenção do Partido da Esquerda Democrática resolveu pela sua transformação em Partido Socialista Brasileiro. A estrutura partidária, discutida e implantada em vários estados,
contém uma novidade: os grupos de base, dos quais deve subir, às instâncias dirigentes, o reflexo do pensamento partidário. Os anos 50 marcaram um momento de grande crescimento econômico e, ao mesmo tempo, de participação política no país. O PSB rompeu definitivamente com a UDN, que passou a ser totalmente dominada pela direita.

O PSB realizou alianças com partidos como PCB e PTB, que levaram a um crescimento eleitoral no parlamento e em administrações municipais e estaduais.

1952 - Pelópidas da Silveira foi eleito prefeito do Recife. Estreou as audiências coletivas quinzenais, o­nde o prefeito discutia com o povo a solução dos problemas.

1953 - Greve dos 300 mil, que mobilizou trabalhadores têxteis, metalúrgicos, marceneiros, carpinteiros e gráficos em São Paulo.

1962 - Miguel Arraes foi eleito governador de Pernambuco. Foi realizada distribuição da terra e combate ao analfabetismo, com o projeto em que despontou Paulo Freire.

1962-64 - Com a renúncia de Jânio Quadros e a tentativa dos militares e setores conservadores de evitar a posse de João Goulart, o PSB ficou na linha de frente da defesa da legalidade. O então líder socialista na Câmara, Aurélio Viana, se pronunciou: "Nossa luta não é em torno de homens, mas de princípios, de idéias. A garantia de legalidade democrática é o primeiro princípio que nos deve unir a todos na Câmara, dos mais diversos partidos".

Com a posse de João Goulart e a implantação do parlamentarismo - sistema ao qual o PSB se opôs - e a busca popular por reformas de base, o PSB amplia sua atuação nas lutas sociais e sua participação nos espaços institucionais.

No movimento estudantil, a maior liderança do PSB era Altino Dantas. No movimento sindical urbano, era Remo Forli. Na luta pela reforma agrária, Francisco Julião.

1965 - O Partido Socialista Brasileiro foi extinto pela ditadura militar.

Atuando na Clandestinidade:

1965-1985 - durante o período da ditadura militar, Em nível partidário, os socialistas atuaram dentro do MDB e nos partidos de esquerda organizados na clandestinidade - assumindo às vezes o trabalho de base, outras vezes a luta armada. Participaram também de outros espaços de atuação política progressista e de mobilização popular, como as igrejas e as oposições sindicais.

1985 - Um manifesto encabeçado por antigos fundadores da Esquerda Democrática, de 1945 e do PSB, de 1947, solicita o pedido de reorganização do Partido.

Reestruturação do PSB:

Inicialmente no Rio de Janeiro, e depois em todo o Brasil, um grupo de socialistas reorganizou o PSB com a convicção política de que socialismo e liberdade são inseparáveis - não somente como objetivo último, mas também como estratégia e tática.

2003 - A Executiva do PSB decide pelo afastamento, de seus quadros, de Anthony Garotinho por assumir posturas contrárias ao programa socialista. Sua esposa, a governadora do Rio de Janeiro, Rosângela Matheus, também é desligada do Partido - que insiste em firmar sua posição socialista.

Hoje, o PSB tem três governadores estaduais, 3 senadores, 18 deputados federais, 58 deputados estaduais e 153 prefeitos.

Fonte: PSB/História



segunda-feira, 1 de setembro de 2008

PT do B - Partido Trabalhista do Brasil

Em meados de 1988/89 um grupo de jornalistas, empresários e líderes sindicais faziam reuniões de tempo em tempo, e viram que para que suas idéias e projetos fossem conhecidos pelos políticos teriam que ter mais força para expô-los então teve-se a grande proposta de "fundar um Partido Político", onde o ideologismo do grupo ganharia destaque junto à população e aos meios políticos. Foi aí que começou o árduo trabalho da constituição do PT do B, com viagens para todos os cantos do Brasil, onde era levado o PT do B em formação, devido a isso conseguiu-se primeiramente o registro provisório do partido em 1990 e a primeira eleição que o partido participou. Já em 1994/95 o PT do B conseguiu seu registro definitivo.

O PT do B hoje é um partido estruturado e com idéias inovadoras.



Fonte: PT do B/Bahia

domingo, 31 de agosto de 2008

PCO - Partido da Causa Operária

O Partido da Causa Operária surgiu como um agrupamento de militantes trotskistas rompidos com a Organização Socialista Internacionalista no final de 1978. Naquele momento assumiu o nome de Tendência Trotskista do Brasil (TTB). Em junho de 1979 foi publicado o primeiro número do jornal Causa Operária. Em janeiro de 1980 foi realizado o Congresso de Fundação da IV Organização Internacional.

Em 1980, esta nova organização política ingressou no PT e se transformou na fração trotskista e revolucionária daquele partido, conhecida pelo nome do seu jornal, Causa Operária.


O ingresso no PT deu-se sobre a base da compreensão de que este abria a possibilidade de construção de um verdadeiro partido operário e que, para tornar realidade esta possibilidade, a vanguarda operária consciente deveria intervir energicamente neste processo com um programa socialista e na defesa da construção de um partido independente da burguesia e de massas.


Nos 83-85, os integrantes de Causa Operária participaram ativamente da luta pela construção da CUT como central operária independente da burguesia, impulsionando, inclusive, a principal oposição classista no seu interior. Neste momento, de grande ascenso das lutas operárias, o partido passa a ter uma expressiva atuação nos sindicatos operários através da construção de inúmeras oposições classistas contra a burocracia sindical.


Em 1989, Causa Operária participou da campanha eleitoral denunciando a formação de uma frente entre o PT e a burguesia e chamou a formar comitês eleitorais exclusivamente formados pelos militantes classistas do PT, independentes da frente popular. Esta denúncia provocou a intervenção da direção do PT e a destituição dos diretórios municipais dirigidos pelo partido que se opunham à aliança com a burguesia.


Neste momento, a corrente Causa Operária impulsiona a criação da Aliança da Juventude Revolucionária (AJR) que luta pela aliança entre os trabalhadores e estudantes como meio para a conquista de um governo de trabalhadores. Rapidamente a AJR organiza jovens em vários estados do país e participa da direção de várias entidades estudantis e da União Nacional dos Estudantes até que esta última entidade seja completamente dominada por uma burocracia sustentada por verba estatal.


No segundo turno das eleições, Causa Operária fez uma ampla campanha contra o apoio aos candidatos burgueses no segundo turno, sob a palavra-de-ordem: "sou PT, não voto em burguês". No Rio Grande do Sul, os cartazes da campanha foram apreendidos pela polícia por demanda do PT junto ao judiciário. O companheiro que dirigida a regional do PCO naquele estado foi vítima de uma grande perseguição por esta ousadia, chegando a ser espancado no interior do seu sindicato, o Sindicato dos Bancários.


A partir de 1991, os militantes de Causa Operária foram expulsos do PT em todos os estados, apesar de uma enorme campanha que conseguiu mais de mil declarações de militantes de destaque do partido contra a expulsão.


Na década de 90, os militantes do PCO constróem o Coletivo de Mulheres Rosa Luxemburgo e o Coletivo de Negros João Cândido, desenvolvendo uma ampla atividade prática e teórica no que diz respeito à luta destes segmentos oprimidos da população brasileira.


Nas eleições de 1992 e 1994, Causa Operária não pode lançar candidatos por não ter um partido legalizado. A posição do partido foi a de apoiar os candidatos operários do PT, mas não os seus candidatos pequeno-burgueses. Em 1994, o PCO apoiou criticamente a candidatura de Lula, com seu programa socialista e revolucionário tendo como eixo um governo operário e denunciando a frente popular como uma política de traição à classe operária.


Consciente do completo fracasso do PT e da sua liquidação definitiva como uma perspectiva de construção de um verdadeiro partido dos trabalhadores, os militantes de Causa Operária lançaram-se à tarefa de construir um novo partido operário o qual, embora muito minoritário em relação ao PT constituía-se em uma necessidade impostergável.


Em 1997, após uma árdua campanha de filiação foi obtido o registro definitivo.

Durante os governos Collor e FHC, o partido se destacou pela oposição sistemática à política de privatizações, de recessão, desemprego, alta das tarifas públicas, arrocho salarial e na defesa dos interesses dos trabalhadores em todos os terrenos.



Fonte:
Nota sobre a história do Partido da Causa Operária



sexta-feira, 29 de agosto de 2008

PSOL - Partido Socialismo e Liberdade

O P-SOL foi constituído como uma dissidência à esquerda do Partido dos Trabalhadores, que acolheu diversas tendências e parlamentares que haviam discordado de políticas do PT que tinham por conservadoras. Abriga diversas correntes de esquerda, algumas delas trotskistas e intelectuais eurocomunistas. O Partido constitui-se como uma partido de tendências portanto, possui diversas correntes internas como por exemplo a Ação Popular Socialista(considerada por alguns politicos e criticos internernacionais como de extrema esquerda, liderada por Ivan Valente), o Enlace Socialista, a Corrente Socialista dos Trabalhadores (liderada pelo ex-deputado Babá), o Movimento Esquerda Socialista (liderado pela deputada federal Luciana Genro) o coletivo Revolutas, o PP - Poder Popular, o CSOL - Coletivo Socialismo e Liberdade, o Grupo Práxis, a FEC - Frente Estopim Comunista (de extrema esquerda), a SR - Socialismo Revolucionário e o bloco de centro-esquerda.

Foi fundado em 2004, após a expulsão de Heloísa Helena, João Batista, João Fontes e Luciana Genro do Partido dos Trabalhadores. Buscando obter o registro permanente na Justiça Eleitoral, sob nova legislação que dificulta a criação de novos partidos, o partido obteve quase 700 mil assinaturas, mas os cartórios eleitorais só concederam certidões a 450 mil assinaturas. Uma nova tentativa de apresentar assinaturas válidas foi realizada pelos organizadores do partido em 1 de setembro de 2005. Em 15 de setembro o registro definitivo foi obtido.

O partido ganhou novas adesões em setembro de 2005. Isso resultou, principalmente, pela crise política causada pelas denúncias de um esquema de pagamento a congressistas para votarem de acordo com os interesses do executivo (Escândalo do mensalão). Foi causado também pelas mudanças regressivas do PT que, na conconcepção do PSOL, abandonou o socialismo como meta estratégica.

Por decisão do Diretório Nacional, tomada em abril de 2006, de 26 a 28 de maio foi realizada uma Conferência Nacional, em que se oficializou a candidatura da senadora Heloísa Helena à Presidência da República e de seu vice, o economista carioca César Benjamin, nas eleições brasileiras de 2006, conformando com o PSTU e o PCB a Frente de Esquerda. A Candidata, que havia aberto mão de concorrer novamente ao cargo de senadora por seu estado de origem, não aceitou o apoio financeiro de empresários, que segundo ela seria a origem da corrupção dos candidatos depois de eleitos.Durante a candidatura de Heloísa Helena, o partido obteve o apoio de grandes personalidades como o cartunista Ziraldo (criador do slogan e do simbolo do partido).

Fonte: História do PSOL


quarta-feira, 27 de agosto de 2008

PSTU - Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado

O nosso partido foi fundado em 1994, unificando diferentes organizações, grupos e ativistas independentes. A maioria dos que fundaram o PSTU vinha de uma ruptura com o PT, ao considerar que este partido não era uma alternativa estratégica para a construção de uma direção revolucionária para o país.

A fundação do PSTU foi um exemplo de unificação de setores revolucionários, quando existiam e existem tantas rupturas na esquerda. Durante dois anos discutimos um programa e um estatuto para o novo partido. Quando chegamos a elaborar uma proposta comum, fizemos nosso congresso de unificação em 94.


Hoje o PSTU é o terceiro partido da esquerda, só atrás em tamanho do PT e PC do B, dois partidos reformistas. Somos uma alternativa revolucionária implantada em setores fundamentais dos movimentos sindical e estudantil, no momento em que o reformismo começa a viver uma crise.





Fonte: Site do Partido

Breve Histórico do PT (Partido dos Trabalhadores)

O Partido dos Trabalhadores foi oficialmente fundado por um grupo heterogêneo, composto por dirigentes sindicais, intelectuais de esquerda e católicos ligados à Teologia da Libertação, no dia 10 de fevereiro de 1980 no Colégio Sion em São Paulo.

O PT foi fundado com um viés socialista democrático. Com o golpe de 1964, a espinha dorsal do sindicalismo brasileiro, que era o CGT (Comando Geral dos Trabalhadores), que reunia lideranças sindicais tuteladas pelo Ministério do Trabalho- um ministério geralmente ocupado por lideranças do Partido Trabalhista Brasileiro varguista - foi dissolvida, enquanto os sindicatos oficiais sofriam intervenção governamental. A ressurgência de um movimento trabalhista organizado, expressa nas greves do ABCD paulista da década de 1970, colocava a possibilidade de uma reorganização do movimento trabalhista de forma livre da tutela do Estado, projeto este expresso na criação da CONCLAT, que viria a ser o embrião da CUT, fundada três anos após o surgimento do PT. Originalmente, este novo movimento trabalhista buscava fazer política exclusivamente na esfera sindical. No entanto, a sobrevivência de um sindicalismo tutelado - expressa na reconstrução, na mesma época, do antigo CGT, agora com o nome de Confederação Geral dos Trabalhadores, congregando lideranças sindicais mais conservadoras, como as de Joaquinzão e de Luís Antônio de Medeiros - mais a influência ainda exercida sobre o movimento sindical por lideranças de partidos de Esquerda tradicionais, como o Partido Comunista Brasileiro, forçaram o movimento sindical do ABCD, estimulado por lideranças anti-stalinistas da Esquerda, como a de diversos grupamentos trotskistas, a adquirir identidade própria pela constituição em partido político -uma estratégia similar à realizada pelo movimento sindical Solidarność na Polônia comunista de então.

O PT surgiu, assim, rejeitando tanto as tradicionais lideranças do sindicalismo oficial, como também procurando colocar em prática uma nova forma de socialismo democrático, tentando recusar modelos já então em decadência, como o soviético ou o chinês. Significou a confluência do sindicalismo basista da época com a intelectualidade de Esquerda antistalinista.

Foi oficialmente reconhecido como partido político pelo Tribunal Superior de Justiça Eleitoral no dia 11 de fevereiro de 1982.

Fonte: Wikipédia

segunda-feira, 25 de agosto de 2008

História do PCB, PC do B e PPS



Foto da intentona comunista, fundadores do PCB


PCB: Partido que teve seu surgimento através do amadurecimento objetivo das lutas de classes e da vanguarda operária brasileira, e não como simploriamente é definido, sendo apenas algo desconexo como uma criação artificial da Internacional Comunista e do “dedo de Moscou”.

Em primeiro lugar, é inegável que o surgimento do Partido Comunista do Brasil está diretamente ligado aos grandes movimentos operários de 1917-1920 e à sua derrota, decorrente da incapacidade da liderança anarquista em dar um rumo correto a essas lutas.

É nesse contexto de impotência e de fracasso do anarquismo na condução da luta contra a exploração capitalista, que explode a grande Revolução Russa, dirigida pelo Partido Bolchevique, que conduz o proletariado ao assalto ao Poder, em aliança com o campesinato, e cria o Estado Soviético. A influência desses acontecimentos sobre a vanguarda operária no Brasil é enorme. Os “dogmas” anarquistas contra o “Partido em si” e contra o “Estado em si” - sem examinar o seu caráter de classe - caem por terra. Lentamente, dá-se um processo de diferenciação dentro do próprio movimento anarquista, onde cresce a corrente dos anarco-bolchevistas, de onde sairão alguns dos fundadores do Partido Comunista do Brasil em 1922.

Um terceiro fator básico para o surgimento do Partido Comunista, é o próprio crescimento e concentração da classe operária no país, fruto da industrialização inicial do país durante a I Guerra Mundial. Segundo o censo de 1920, a classe operária chegava a 300 mil trabalhadores, sendo que os três Estados de maior concentração proletária eram São Paulo (28,3%), Rio de Janeiro (24,6%) e Rio Grande do Sul (8,3%); em 1920, concentravam-se nesses três Estados 61,2% do proletariado nacional.

É na cidade de Cruzeiro, São Paulo, onde surge o primeiro núcleo comunista do Brasil, liderado pelo eletricista Hermogêneo Silva. Esse grupo, que adota o nome de “União Operária 1º de Maio”, funcionou entre 1917 a 1919. Também no Rio Grande do Sul surgem grupos “comunistas”.
Os trabalhadores de Porto Alegre editam o Manifesto Comunista de Marx e Engels. Os trabalhadores de Rio Grande inscrevem na fachada da União Operária o lema “Operários de todos os países uni-vos” (...) Essa iniciativa de fundar ligas e círculos comunistas é uma demonstração da necessidade que os trabalhadores sentem do partido.

Finalmente, nos dias 25, 26 e 27 de março de 1922, reuniu-se no Rio de Janeiro o Congresso de fundação do Partido Comunista do Brasil.

Se, por um lado, a fundação do Partido Comunista do Brasil significou um enorme salto de qualidade da classe operária brasileira, no sentido da sua transformação de classe em si para classe para si, por outro lado, padece de grandes debilidades. Em primeiro lugar porque - apesar de surgir no bojo da crítica ao anarquismo da avaliação da rica experiências das lutas proletárias de 1917-1920 - o Partido se constrói em um momento de refluxo do movimento operário brasileiro e de furiosa repressão governamental. Em segundo lugar, pelo grande desconhecimento da teoria marxista em nosso país, seja na classe operária, seja na intelectualidade progressista. Em terceiro lugar, pela ausência de qualquer tradição organizativa no movimento operário - decorrente de um longo predomínio do anarquismo e da extrema debilidade dos movimentos de caráter socialista - com todas as suas conseqüências negativas para a tarefa de organizar um partido coeso e disciplinado. A essas dificuldades deve-se somar - além do relativo atraso industrial do país e a origem camponesa de grande parte de sua recente classe operária - o apoliticismo incutido durante anos a fio na mente dos operários de vanguarda, e o peso considerável das correntes reformistas (católicos, cooperativistas, socialistas evolucionistas) entre os trabalhadores.

Mas a classe operária, ao fundar seu partido, é ainda bastante jovem. O movimento sindical, ainda que combativo, apresenta muitas debilidades. O proletariado mal começa a adquirir consciência política. (...) Até então, o marxismo não é conhecido no Brasil e, mesmo entre a intelectualidade avançada, prevalece o anarquismo.

Pontos a considerar: O primeiro partido comunista do Brasil foi o PCB (Partido Comunista do Brasil), mais tarde em fevereiro de 1962, o partido dividiu-se em PCB (Partido Comunista Brasileiro) e PC do B (Partido Comunista do Brasil) fato que ficou conhecido como "racha do PCB", e durante o período da ditadura militar, ambos foram obrigados a ficar na clandestinidade para não exilados, feridos ou mortos, como aconteceu com alguns de seus companheiros.

PPS: Na abertura do X Congresso do PCB, no Teátro Záccaro, em São Paulo, no dia 25 de janeiro de 1992, encerrando-se no dia seguinte, a maioria optou pela mudança de nome e o PCB passa a se denominar Partido Popular Socialista (PPS) e lança Manifesto à Nação. A minoria que não concorda com a alteração da nomenclatura partidária refunda, no ano seguinte, o PCB.



Fontes:
Site do Pc do B (Vermelho)
Grande Comunismo